No começo de junho colamos no TokenNation, na Bienal do Ibirapuera. Pra quem não tá ligado, esse é o evento que antes se chamava NFT Brasil e hoje busca ser um dos principais espaços de debate, encontro e vislumbre das múltiplas possibilidades da cultura Web3 no Brasil. Idealizado pelo Bob Burnquist com apoio da prefeitura de SP, o evento reuniu uma galera cabulosa da arte digital, tecnologia, blockchain, moda e imersão audiovisual.
Fomos eu e Rog, em missão silenciosa pela JODO, mas com os sentidos abertos. Como já tínhamos feito o cadastro da artista Íris pela Worldcoin (uma das organizações que estavam em parceria com o evento), conseguimos acesso ao palco exclusivo onde rolavam as talks, um cardápio generoso de ideias, estratégias e visões do presente e futuro desse ecossistema.
Logo na entrada, a sincronicidade já nos deu o recado: trombamos o Junkie, artista que acompanhamos há anos pelo Instagram, direto de BH, em sua primeira aparição física no nosso radar. Também estava por lá o Koi, outro bruxo do audiovisual nacional, que junto com o coletivo S.E.E.D_dao prepararam uma das experiências mais fortes do evento: uma exposição digital com obras NFT e instalações imersivas em 360°, dessas que te desplugam do corpo. Saca? Muito bem produzido. Sem enrolação, o trampo dos caras é sério.
No meio dessa selva de LEDs, projeções e mentes acesas, ainda encontramos figuras como o 7hiago, um dos community managers mais presentes da cena BR, que conhecemos no evento da Base pela PlayDNA, que passou a visão de um sidechain que ia rolar num bar ali perto, depois do evento. Também estava o Jeff e o Gu, da Confraria Web3, projeto encabeçado pelo Juliano Kimura, esse veterano da tecnologia que já pensa o presente como se fosse uma ficção científica boa de viver.
No meio disso tudo, ganhamos um chopp cada só por fazer um cadastro numa plataforma que, sinceramente, já nem lembro o nome 🤣🤣🤣. Também pegamos uma camiseta da Berachain, vários adesivos e eu ainda ganhei um NFT que me deu cargo exclusivo no Discord dos caras, uma dessas ativações que realmente conectam o digital com o real.
E pra fechar o ritual, reencontrei o mano BC Raff, aka Raffa Moreira, voz do trap nacional e conterrâneo que fez parte da minha trilha sonora interna por anos. Não resisti e tietei — um gesto de afeto e gratidão por tudo que ele representa. Valeu cada frame.
Mais tarde, fomos pro sidechain que o 7hiago falou. Bar cheio de gente do evento.
A MetaMask tava sorteando uns brindes, saímos de lá com mais duas camisetas: uma da Hedger e outra da Sonic. Finalizamos a missão com mais uma bomba, na tranquilidade.
Foi um dia cheio de encontro, troca, visão e bagulho bem feito.
Não é sobre ficar pagando de tech avançado ou místico da descentralização.
É sobre estar presente, ouvir, entender os caminhos, ver quem tá fazendo acontecer de verdade e como.
Tem muita fumaça na Web3, mas também tem muita gente séria e criativa por trás.
Na JODO, a gente ainda está no início da trilha. Sabemos que o hype passou, mas o que fica é o campo fértil. Ainda não estamos com tudo plugado na blockchain, mas estamos mapeando caminhos, acessando linguagens, reconhecendo tribos. E essa é só a primeira entrada de muitas.
Nos próximos artigos, pretendemos explorar:
- artistas que estão moldando essa estética descentralizada (como o Darkfarms1, Xcopy, Beeple, AllSeeingSeneca, Rare Scrilla, Fvckrender e outros que batem forte na mente)
- plataformas, DAOs e dinâmicas de exposição na era digital
- reflexões sobre autoria, cópia, aura e presença no contexto dos NFTs
- e o principal: como tudo isso se conecta com o que fazemos na JODO
Seguimos atentos.
Seguimos presentes.
Seguimos em rede.
É isso.
Sem hype forçado. Sem caô.
A gente não quer seguir tendência. Quer entender e criar no tempo certo.